A ideia da existência de um dia internacional da mulher foi proposta na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial, quando ocorreu a incorporação da mão-de-obra feminina em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte das trabalhadoras. No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque fizeram uma grande greve para reivindicar melhores condições de trabalho, tais como redução na carga diária de trabalho de dezesseis para dez, equiparação de salários com os homens e não aproximadamente um terço do salário pelo exercício da mesma função e tratamento digno no ambiente de trabalho.A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Somente em 1910, em uma conferência na Dinamarca em homenagem a este fato, foi oficialmente instituído o Dia Internacional das Mulheres e em 1975 esta data foi oficializada por decreto pela ONU.Este fato tem extrema relevância na vida das mulheres que pouco a pouco foram galgando suas conquista e direitos. Não devemos falar em mulheres ocupando espaço masculino e sim em mulheres ocupando seus espaços por competência, dedicação e comprometimento com suas atividades laborais.Alguns marcos históricos importantes devem ser lembrados. Em 1788 o filósofo francês Condocet reivindica direitos de participação política, de emprego e educação para as mulheres. Em 1940, Lucrecia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos. Em 1859, na Rússia, ocorre luta pelos direito das mulheres. Em 1862, as mulheres puderam votar pela primeira vez em eleições municipais na Suécia. Em, 1865 foi criada a Associação Geral das Mulheres Alemãs. Em 1866, a exigência pelo economista John S. Mill do direito igualitário para as mulheres inglesas. Em 1870, na França, as mulheres ganham o direito de freqüentar o Curso de Medicina. Em 1878, foi criada a Universidade feminina na Rússia. Em 1901, houve defesa do direito de voto das mulheres francesas pelo deputado René Viviani.Um marco para as mulheres brasileiras. O dia 24 de fevereiro de 1932 instituía o voto feminino, mas apenas para mulheres casadas com autorização do marido, viúvas e solteiras com renda poderiam votar. Tais restrições só foram eliminadas no Código Eleitoral de 1934. No entanto, o código tornou apenas o voto masculino obrigatório. O feminino só passou a ser obrigatório em 1946. Em 1933, a médica paulista Carlota Pereira de Queiroz foi a primeira mulher a ser eleita deputada federal, participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte entre 1934 e 1935. Bertha Lutz, líder na defesa dos direitos jurídicos da mulher, foi convidada pela deputada Carlota para trabalharem em conjunto na Constituinte. Em 1934, Carlota foi reeleita. Na nova legislatura, tomou posse a segunda deputada brasileira, Bertha Lutz.Mulheres com destaque e poder de decisão na vida dos brasileiros: primeira mulher ministra de Estado - Maria Esther Figueiredo Ferraz (Educação). No Senado Federal, a primeira mulher a ocupar uma cadeira, em 1979, foi Eunice Michiles. Primeiras mulheres eleitas senadoras: em 1990, Júnia Marise (PRN-MG) e Marluce Pinto (PTB-RR), depois Eva Blay, suplente (PSDB-SP).Em 1994, Roseana Sarney (PFL) foi a primeira mulher a ser eleita governadora, no Maranhão, assim como Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo e depois ministra do Turismo, e outras, a exemplo de Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil. As mulheres têm que ter consciência de seus direitos e deveres, pois tem enorme capacidade de trabalho e de exercer múltiplas funções em qualquer cenário da vida moderna. Parabéns, mulheres de todo o mundo, este dia é merecido e deve ser cada vez mais comemorado com conquistas meritórias.
Fonte: JCNet
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